Notas do Autor #007

Yo Pessoal! o/

Antes de mais blá, blá, blá... Venho desejar a cada um de meus caros leitores,  e aos meus parceiros de aliança e a todas as suas famílias um FELIZ NATAL! Espero que o espírito de paz penetre em cada um de nós e que possamos aproveitar ao máximo um dia tão bonito.
Bem... Demorei um pouquinho, mas resolvi trazer meu presente de natal: Mais um capítulo novinho. Admito que acho que esse capítulo tem alguns pontos fracos, mas prometo melhorar nos capítulos seguintes. Antes de dar a pausa até março prometo trazer o capítulo do GYM de Violet, só não sei se vai ser ainda esse ano... Não vou prometer nada.

Em breve reformularei minha página de parcerias, então por hora estou ignorando todos os pedidos de parceria, assim que estiver disponível postarei avisando. É isso... Espero que gostem desse capítulo. E mais, se por acaso não der pra aparecer por aqui até o final de ano... Desejo a todos um Feliz Ano Novo, que todos os nossos objetivos se realizem ou continuem a se realizar. Obrigado também ao apoio que me deram no meu retorno, agradeço a todos os comentário e peço desculpas se não respondo a todos, mas em breve responderei...

Enfim, FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!!!

o/ Abraços pessoal...

LITTLE CELEBY

Capítulo #008: A Torre Brotinho: Se preparando para vencer Falkner! - PARTE II



A noite caia por Violet. A lua subia vagarosamente sobre o céu escuro, acompanhado de milhares de estrelas a cintilar lindamente. Nuvens algumas vezes ofuscavam o brilho, passando lentamente dando um ar sombrio aquele noite. Uma brisa fria rondava o ambiente, levando as folhas secas das árvores junto com o piado soturno de Hoothoot’s.
                Ethan estava no Centro Pokémon junto de Lyra. Os dois estavam sentados nos sofás, frente a frente, só que ambos ocupados demais. Lyra estava concentrada numa revista, onde a capa estampava um belo Dragonair, “Os Pokémons Mais Belos Do Mundo”, era o nome da revista. Ela dava alguns sorrisinhos enquanto sublinhava alguns nomes. Na verdade a garota selecionava os pokémons que pretendia capturar.
                Já Ethan, observava cautelosamente o caderno que havia encontrado. O garoto não o havia aberto, mas estava atento a cada detalhe da capa brilhante e vermelha. Ele retorcia a boca, virava o caderno. Segurava-se para não abrir... “Ela disse que eu não podia ver”, lembrou ele associando à lembrança a imagem da bela garota de orbes esmeralda.
                Lyra fechou a revista bruscamente, se esticou e bocejou, dessa vez guiando sua atenção ao amigo. Ela torceu a cabeça confusa e observou direito. Prestou atenção ao caderno e esticou o pescoço, mais uma vez olhou pra Ethan, impressionada com a concentração de Ethan.
                — Ethan! — Gritou a garota, sem respostas. Ela chamou novamente — Ethan! Você está bem?
                — Hã? — Ethan então foi expulso de seus devaneios, ainda meio aéreo — Sinto muito, estava meio desligado.
                — “Meio desligado”? Tudo bem, mas o que é esse caderno? — Perguntou a garota curiosa.
                — Pra falar a verdade eu não sei — Disse ele com os olhos presos no caderno — Mais cedo conheci uma garota na cidade, e ela estava com um caderno igual a esse. No caminho pra cá eu o encontrei no chão — Explicou Ethan.
                — Então ela deve ter perdido! — Conclui Lyra.
                — Sim, é o que eu acho. Mas procurei por ela, mas até agora nada.
                — Dentro do caderno não tem o endereço, ou qualquer outra informação?
                — Não posso abri-lo Lyra, é algo confidencial, antes ela me disse que eu não podia ver... — Disse o garoto, com um semblante sério.
                — Sério? Você não o abriu? — Perguntou Lyra, sem acreditar nas palavras do amigo.
                — Claro que não! Nunca faria isso sem a permissão dela! — Disse ele chateado.
                O garoto levantou do sofá, guardou o caderno na sua bolsa e se dirigiu a porta do Centro Pokémon.
                — Espera aí! — Falou Lyra — Aonde vai a essa hora?
                — Não sei, treinar um pouco talvez...
                — Não acha perigoso? Andar por aí de noite não é uma boa ideia! — Perguntou a garota, agora preocupada.
                — Tá tudo bem Lyra, se eu não treinar, não conseguirei vencer meu primeiro desafio de GYM — Respondeu o jovem, se virando para Lyra. Agora ele estampava um sorriso confiante, acompanhado da mão estendida com um “legal”.
                — Tá bom, mas toma cuidado! — Disse Lyra, agora mais confiante.
                Ethan agora caminhava pelas ruas vazias de Violet. A cidade alegre de outrora, agora dava lugar a uma cidade vazia e pouco iluminada. Mas Ethan parecia não ter medo. Ele andou corajosamente até a rota 31, onde parou e observou o lugar.
                — Beleza! Hora de achar um pokémon pra batalhar! Vai Cyndaquil! — Gritou Ethan arremessando uma pokébola ao ar.
                A pokébola rodopiava no ar, até abrir-se ao meio liberando um flash que logo se transformou no seu parceiro, Cyndaquil. O pokémon bocejou, e se aproximou de seu treinador, cumprimentando-o com um grunhido alegre.
                — Certo Cyndaquil, vamos começar nosso treinamento. Só temos que achar algum pokémon... — O garoto olhava atento para a grama alta, até perceber um bellsprout que se preparava para dormir — Achei nosso alvo! Cyndaquil Taclke!
                O pokémon de fogo correu em direção ao adversário, jogando seu peso sobre o corpo frágil da plantinha que caiu desnorteada.
                — Muito bom Cyndaquil! — Gritava Ethan contente.
                O pokémon planta levantou, agora entendendo a situação ele estava pronto para uma batalha de verdade. Ele armou suas folhinhas, e se preparou para o ataque.  Por trás de sua cabeça amarelada, surgiram fino cipós esverdeados, que dançavam em direção  ao Cyndaquil.
                — Cyndaquil, isso é um Vine Whip! Evasiva! — Ordenou Ethan.
                Os chicotes de Bellsprout balançavam sobre Cyndaquil que com pequenos saltos desviava dos golpes, mas com um leve tropeço nas pedras da estrada, o pokémon deixou-se ser atingido por um dos ataques.
                — Beeeeell! — Grunhia a planta, contente pelo ataque.
                — Essa foi só um descuido! Agora, Smokescreen!
                Cyndaquil abriu a boca afunilada, liberando um denso rolo de fumaça, que rapidamente tomou conta do lugar, diminuindo o campo de visão do pokémon adversário. O Bellsprou estava agora confuso dentro daquela esfera de fumaça. Sem alternativas de um ataque que funcionasse.
                — Cyndaquil, termine com uma sequencia de Tackle’s! — Gritou Ethan.
                O pokémon de fogo surgiu bruscamente atrás do Bellsprout, atingindo-o mais uma vez com sua investida. Ele continuou atacando, sempre desaparecendo em meio a fumaça, até o último golpe que havia nocauteado o pobre pokémon de grama.
                — Beleza! Muito bem Cyndaquil!

                Ethan comemorava afagando o seu pokémon, mas logo ele adentrou em seus devaneio analisando sua estratégia nos últimos combates.
                — Pensando bem, a única coisa que eu e o Cyndaquil tivemos feito desde o inicio é isso. Sempre começamos cum um Smokescreen e depois Tackle. Se continuarmos utilizando essa única tática, não chegaremos longe... — Pensava o treinador preocupado — Mas até agora o Cyndaquil não conseguiu acender sua chama, o que o impossibilita de usar ataques de fogo. Sem poder usar o Ember, não sei se poderemos vencer somente com esses ataques.
                Ethan despertou de seus pensamentos quando uma espécie de moto passou desesperadamente veloz ao se lado, um vulto tão forte que derrubara o garoto, que caiu desconcertado.
                — Ahhhh! — Gritava o garoto, preocupado com o bem estar de seu pokémon, que havia caído um pouco distante — Cyndaquil, você tá bem?
                — Cynda... — Respondeu o pokémon balançando a cabeça positivamente.
                — Argh! Quem era aquele idiota?! — Gritou Ethan raivoso observando a trilha deixada — Ele podia ter nos matado! Vamos Cyndaquil, vamos até a policia, talvez seja um procurado... Não podemos deixar um louco desses andando por aí.
                Ethan se levantou e correu com o Cyndaquil no colo de volta a cidade. Mas naquele mesmo lugar, onde Ethan estava treinando, estava o jovem de cabelos ruivos, Silver. Ele estava escondido por trás de uma árvore observando tudo.
                — Essa não! — Murmurou ele — Será que eles me rastrearam? Se o Proton está por aqui, é por que eles estão de atrás de algo importante... Será atrás de mim?! — Murmurava o garoto espantado, com seus orbes arregalados. Depois de pensar no que possivelmente estava acontecendo, ele desapareceu nas sombras.
                Ethan chegava à cidade, agora ainda mais tarde, reinava um silêncio absoluto, poucas vezes interrompido por barulhos de pokémons. O garoto observa atento a cidade à procura do veículo que outrora, poderia ter tirado sua vida. Até que o garoto avistou a tal moto, em frente à Torre Brotinho.
                — Aquele desgraçado! Vou tirar essa história a limpo eu mesmo!
                Ethan correu com dentes trincado rumo a Torre Brotinho, até ser surpreendido pela presença da policial Jane, junto com a garota de mais cedo, dona do caderno vermelho.
                — Parado aí mesmo! — Gritou a policial, fazendo com que Ethan tremesse.
                — Arghhh! Que susto! — Gritou Ethan assustado e ofegante.
                — Você? — Perguntou a garota — O que está fazendo aqui há essa hora?
                — Olá! — Cumprimentou Ethan — Eu tav...
                — Isso mesmo! — Gritou a policial interrompendo Ethan — O que você está fazendo na rua a uma hora dessas?! Você deve ser o sequestrador!
                — O QUÊ?! — Gritou Ethan pasmo.
                — Mais cedo os irmãos dessa garota desapareceram e até agora não os encontramos. Achar alguém há essa hora na rua é bem suspeito, então... É MELHOR IR SE EXPLICANDO!!! — Gritava a policial.
                — Pera aí! Meu nome é Ethan, e não sou nenhum sequestrador! Eu estava treinando na rota 31 quando aquela moto quase me atropelou! Eu só estava indo tirar satisfação com o dono dela, que deve tá na Torre Brotinho! — Gritava Ethan apontando para o veículo.
                A policial olhou atentamente para o veículo enquanto passava a mão sobre o queixo. Enquanto a policial analisava a situação. Ethan se aproximou para a garota, tirando o caderno de dentro de sua mochila e entregando para a garota.
                — Eu achei quando estava voltando para o Centro Pokémon.
                — Ohh Meu Deus! — A garota mostrava um semblante misturando surpresa e alegria — Você não sabe como fico agradecida, eu me chamo Aby!
                — É um prazer conhece-la... — Cochichou Ethan, a garota ria. — E eu juro que não olhei!
                Ao ouvir aquilo a garoto olhou para Ethan com os olhos  umedecidos, talvez fosse emoção... Ela riu e puxos as mão do garoto apertando com força.
                — Obrigado Ethan, obrigado!
                — AAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!
                De dentro da Torre pode-se ouvir um grito extremamente agudo, Aby levou um susto mas logo concluiu.
                — Conheço essa voz! São meus irmãos! — Gritou a garota.
                — Essa não! Vamos! — Gritou a policial correndo em direção a Torre.
                Ethan acompanhou a policial e a garota correndo preocupado com o que poderia estar acontecendo dentro da Torre. Não tão distante dalí, escondido na sombra de um poste, Silver continuava observando.
                — Droga, isso aqui tá ficando complicado demais... Se as autoridades descobrirem tudo, eu estarei perdido. Não posso deixar que eles me atrapalhem! — Murmurava o garoto — Dessa vez eu vou ter que entrar em cena! Maldição!
                O garoto então correu rumo a Torre Brotinho, com seus cabelos ruivos a balançar sobre a brisa negra daquela noite. Algo de grande importância estava para acontecer na Torre Brotinho! Afinal, o que está acontecendo?
                Ethan, Aby e a policial Jane subiam as escadas da Torre Brotinho com velocidade e preocupação. Ao chegar no primeiro salão, encontraram dezenas de monges caídos no chão, estavam quentes e suados, provas de que estavam seriamente envenenados.
                — Droga! O que está acontecendo aqui? — Indagava a policial Jane.
                — Isso é horrível! — Dizia Aby amedrontada.
                — Já sei o que fazer — Dizia Ethan ativando seu Poké-Gear — Vou contatar a minha amiga no Centro Pokémon, direi para trazer a enfermeira Joy, ela cuidará dessas pessoas!
                — Certo rapaz, faça isso! Mas saiba que continua sendo um suspeito!
                No último andar da Torre, estava o Monge Elijah meditando. Ela sabia do que estava acontecendo e só estava esperando o momento certo para agir. Até que um homem surgiu a sua frente. Era um homem com semblante traiçoeiro estampando um sorriso irônico no rosto. Cabelos azuis de médio porte eram cobertos por uma boina negra. Ele vestia roupas negras com um grande “R” vermelho desenhado no peito. Mas o pior é que o homem matinha como seus reféns duas crianças. Uma garotinha de uns sete anos, com roupas brancas cobertas por um macacão verde, meias listradas em tons de rosas cobriam suas frágeis pernas. O outro era um garoto muito parecido com a garota, olhos verdes, mas ao contrário da irmã gêmea estava eufórico e raivoso. Vestia uma camisa laranja e uma bermuda simples em jeans.
                — Me solta seu idiota! — Gritava o garotinho se movimentando bruscamente na tentativa de se soltar.
                — Olá, monge Elijah — Sibilou o homem em direção ao Monge — Eu sou Proton, um dos administradores da Equipe Rocket e viemos buscar algo de nosso interesse.
                — Humph... Depois de tantos anos vocês voltam com sua sujeira de novo? — Perguntou o Monge se levantando.
                — Não vem com essa conversinha velha! Sabemos que você esconde o pergaminho do tempo aqui! Entregue-me se não quer ver essas crianças mortas!
                Das sombras do homem surgiu um grande Weezing com uma feição sombria e venenosa, liberando gases extremamente venenosos de cada um de seus orifícios.
                — Um Sludge de tão perto nessas crianças seria bem grave não acha? No mínimo deformaria o rostinho bonito e inocente delas... Ou pior, as mataria! HAHAHAHAHAH!  — O homem falava de forma demoníaca, seguido de risadas que mais pareciam vir do inferno.
                — Em pensar que um dia você foi um de meus discípulos... — Dizia o Monge entristecido.
                — HAHAHAHHAHAHHAHA! — O tal Proton só sorria cada vez mais.
                O monge fechou os olhos tristemente e se virou, ele se dirigiu até a escultura de madeira em forma de Bellsprout, e de dentro da boca tirou um pergaminho, de um papel muito velho e bordas douradas. Ele se dirigiu até o homem para entrega-lo, mas antes perguntou.
                — O que vocês querem dessa vez?
                — Algo muito maior do que antes, só que dessa vez... Você e sua tropa não passam de velhos que não podem nos atrapalhar....HAHAHAHAHHAH! — Gargalhava Proton.
                Proton já ia pegar o pergaminho, mas foi atingido por um Tackle vindo do Cyndaquil de Ethan.
                — Chegamos bem na hora! — Comemorava Ethan, pegando o pergaminho no ar.
                — Ethan! — Gritou o monge Elijah alegremente surpreso.
                — Garoto desgraçado!  — Praguejava Proton.
                As crianças agora livres da mão do criminoso correram para abraçar sua irmã, Aby.
                — Cody! Riley! — Gritava Aby contente ao abraçar os irmãos.
                — Você está preso em nome da policia regional de Violet! — Gritou a policial Jane.
                — Não vão me pegar tão fácil! Weezing se aproxime deles e use o Self Destrucition!
                Foi o que aconteceu. Com a ordem do maléfico treinador, o Weezing se aproximou de Ethan e dos outros causando uma poderosa explosão. De longe da torre, pode-se ver os vidros das janelas do último andar da torre explodindo.
                A poeira ainda estava de pé, mas baixava cada vez mais rápido. O pouco que podia se ver, eram paredes destruídas e boa parte do teto da torre. O monge Elijah se levantou machucado, mancando com um dos braços pendurados, talvez quebrado.  Proton também se levantou, por estar mais longe da explosão ele foi o menos afetado. Weezing estava nocauteado no chão, e o treinador o retornou para a pokébola.
                — HAHAHAHAHAHAHAHA!!!! — Gargalhava o criminoso enquanto pegava o pergaminho perdido no chão.
                — Proton, não vê o que está fazendo?! — Perguntava Elijah cada vez mais fraco — Essas crianças! Olhe!
                O monge apontou para os garotos, todos caídos e feridos. Ethan foi o primeiro a se mexer. Ele fitou a garota e seus irmãos caídos ao chão. Seus olhos se umedeceram em tristeza e ódio.
                — Velho babaca! Acha mesmo que eu me importo com isso?! Acha mesmo que me importo com a vida desse lixo!? — Indagava Proton chamando a atenção de Ethan, que ainda permanecia caído — VOCÊ É UM IDIOTA MESMO!
                Proton correu em direção ao monge e desferiu m forte soco na cara do velho que foi arremessado a parede a frente de Ethan.  Ethan arregalou os olhos ao ver aquela cena, até que avistou o Cyndaquil debaixo de alguns escombros. O garoto não se conteve, correu desesperadamente até salvar o amigo. O garoto retirava com as mãos feridas as pedras em cima do pokémon ferido. O pobre pokémon gemia de dor e Ethan chorava ao ver aquilo.
                — HAHAHAHAHAHHAHA! Isso é tão excitante! — Proton observava Ethan com olhos doentios e um sorriso de prazer demasiado.
                — Seu desgraçado... — Murmurou Ethan.
                O garoto estava com olhos encharcados e dentes trincados em fúria. Ele se levantou devagar com o Cyndaquil no colo. Algo mágico acontecia, uma aura dourada começava a rodear Ethan e Cyndaquil.
                — Ma-mas o que é isso?! — Dizia Proton assustado com o brilho emanado do garoto — Não pode ser! Você não pode ser o garoto da profecia!
                — Eu não me importo com profecias... Mas saiba que farei você pagar!! — Disse Ethan com todas as suas forças, seus olhos azulados de outrora davam lugar ao vermelho dourado.
                Ninguém reconheceria Ethan. O coração de ouro finalmente havia despertado. O Cyndaquil pulou do colo do treinador para o chão, o pokémons estava forte, brilhante, parecia ter se recuperado misticamente. Ambos, treinador e Pokémon estavam conectados, cintilando com o poder flamejante do coração de ouro.
                — CYNDAQUIL! ATAQUE! — Gritou Ethan.
                O brilho de seus corpos se intensificou ainda mais. Lyra e Enfermeira Joy que estavam cuidando dos outros monges nos andares de baixo ficaram espantadas com tamanha luz.
                — Será outra explosão? — Perguntou Lyra preocupada.
                — Se concentre Lyra, vamos cuidar desses aqui para podermos subir... — Dizia a Enfermeira concentrada em curar os monges envenenados.
                Os orifícios nas costas do Cyndaquil começaram a emanar um brilho dourado, seguido de fumaça... Em seguida um poderoso fogo dourado surgiu iluminando ainda mais o lugar.
                — Isso é... Impossível! — Balbuciava Proton boquiaberto com o que via.
                O monge Elijah conseguiu abrir os olhos, em meio todo aquele brilho ele só via a silhueta de um garoto e um Cyndaquil, o monge riu e disse.
                — O coração de ouro... Finalmente ressurgiu. — O monge então mais uma vez desmaiou.
                Cyndaquil abriu a boca disparando um raio dourado, era um ataque desconhecido para qualquer um, era como se as chamas fossem fundidas com centenas de partículas de ouro. O raio coincidiu com o corpo de Proton que foi arremessado além das paredes da torre. Três andares abaixo, perto de uma das janelas, o treinador de cabelos ruivos, Silver pegou o criminoso salvando-o da morte, porém Proton estava muito ferido e desmaiado.
                — Essa foi por pouco! — Disse Silver — Mas o que está acontecendo aqui?! É melhor eu ir embora, e levar esse paspalho para algum lugar, não posso deixar que ele me veja... E nem aqueles pivetes!
                Silver então arrastava o homem desmaiado em direção a saída.
                O brilho que rodeava Ethan e Cyndaquil se apagou bruscamente e ambos caíram no chão desmaiados. Era o fim de uma incrível batalha...
                Todos estavam caídos no salão destruído, mas pelo menos a presença do maléfico Proton já não era mais sentida. E o mais importante, o pergaminho continuava na torre. Muitos mistérios ainda estão por vim... Épicas batalhas ainda vão acontecer... Isso é só o começo!

CONTINUA...






Capítulo #007: A Torre Brotinho: Se preparando para vencer Falkner! - PARTE I

O dia amanhecia calmo no continente de Johto. Os raios de sol surgiam sutilmente no horizonte clareando o céu extremamente azul, exceto pelas poucas nuvens que flutuavam devagar a melodia da brisa que soprava refrescante.
                As frestas das árvores das florestas deixavam que pouca luz as adentrasse, mas o suficiente para que tudo ficasse mais claro e acordado. Hoothoots que outrora voavam alegremente pelo céu escuro, agora se aninhavam se escondendo do sol.
                Na rota 31, não muito distante de onde Ethan e Lyra estavam, estava o misterioso treinador de cabelos vermelhos, Silver.
                — Vamos Totodile — Falou ele de pé, arrumando uma pequena maleta que carregava dentro sua jaqueta — Vamos ter que esperar aquele garoto ir embora de Violet para desafiarmos o GYM.
                O pequeno crocodilo azulado se desfez do encolhimento e bocejava com tremenda alegria. Ele se levantou e deu alguns pulinhos em cumprimento para seu treinador.
                Silver também o cumprimentou, o garoto se baixou até o parceiro e afagou a cabeça escamada do Pokémon, o garoto esticou os lábios na tentativa de um sorriso, mas ele mesmo conteve seus atos. O Pokémon ria contente com o carinho do treinador.
                — To-to! — Grunhia o Pokémon.
                O momento era afetuoso e bem bonito, mas o garoto parou bruscamente, retirando sua mão e criando um semblante de dor e tristeza.
                — Vamos Totodile! — Disse ele partindo.
                — To-to-dile? — Gritava o Pokémon confuso, mas logo seguiu o treinador com passadas saltitantes.
                Do outro lado da rota 31 estavam Ethan e Lyra, ambos acordados e com seus pokémons fora da pokébola para uma boa refeição matinal. Sentret e Cyndaquil comiam ração lado a lado, mantendo um tipo de conversa em língua Pokémon. Por outro lado, Chikorita e Hoothoot preferiam comer frutos e sementes.
                Ethan e Lyra estavam sentados lado a lado, observando seus pokémons. Ethan deu um salto, ele se lembrara do ovo na sua mochila. Ele pegou a mochila e tirou o recipiente de vidro onde ficava o ovo. Lyra arregalou os olhos ao ver aquilo.
                — É um ovo pokémon! — Gritou ela correndo para ver.
                — É sim — Rebateu o garoto — Eu o recebi quando fui visitar o Sr. Pokémon nos arredores de Cherrygrove. Eu ia te contar mais aconteceu tanta coisa.
                — Ah seu bobão! Você devia ter me contado antes! — A garota gritava estérica, mas voltou ao seu lugar, se contento e dando um suspiro — Tudo bem, criar um ovo pokémon é uma grande responsabilidade, já deu para uma enfermeira Joy examina-lo? — Disse a garota com um tom ranzinza.
                — É necessário? — Perguntou o garoto envergonhado.
                — Ethan como você é tonto! Já devia ter feito isso em Cherrygrove!
“TRIM-TRIMM-TRIMMM...TRIM-TRIMM-TRIMMM...”
                Eram os pokégears de Ethan e Lyra que tocavam ao mesmo tempo, os garotos buscaram o aparelho em sua mochila e logo o retiraram, ambos atenderam no mesmo instante.
                — Oi! — Disseram os dois, o pokégear era um aparelho bem sofisticado e permitia streaming de áudio e de vídeo em alta velocidade permitindo uma vídeo-ligação até mesmo nos lugares mais remotos.
                Em ambas as ligações era o Profº Elm, era um tipo de ligação dupla, em seu telão no laboratório ele conseguia ver tanto Lyra como Ethan.
                — Tio Elm! Que bom ver você! — Cumprimentou a garota.
                — Olá querida, andei pesquisando na internet e vi que ganhou seu primeiro contest, estou muito orgulhoso! — Dizia Elm com enorme sorriso no rosto.
                — Professor Elm, eu capturei um novo pokémon ontem! É um Hoothoot! — Falava Ethan alegremente.
                — Estou realmente muito feliz que estejam conseguindo cumprir seus objetivos. Suponho que já estejam chegando em Violet não é? Sendo assim desejo boa sorte para você Ethan, torço para que consiga sua primeira insígnia.
                — Obrigado professor! — Agradeceu o jovem treinador.
                — E quanto ao ovo? — Disse Elm curioso.
                — O Ethan não o levou à um cent-- — A garota foi interrompida quando Ethan tomou seu pokégear.
                — Lyra não sabe de nada! Ele está bem, se move alternadamente e brilha de vez em quando logo vai nascer com força e saúde! HEHE! — Mentiu Ethan.
                Elm até se assustou ao ver Ethan nas duas partes do telão, não foi tão convincente, mas o professor sabia que era melhor não discutir, lá no fundo ele sabia que Ethan faria a coisa certa. Ele ainda presenciou o momento em que Lyra deu alguns socos e pontapés no garoto para receber seu pokégear de volta, mas logo ele se despediu e desligou.
                Depois da hora de descontração matinal, os treinadores recolheram seus pokémons para a pokébola e continuaram a jornada. Agora só uma pequena montanha separava Ethan da cidade de Violet. Lyra queria descansar, mas o garoto continuava seguindo em frente sem importar, “Não seja molenga!”, dizia ele... “Você que é burro e hiperativo ao mesmo tempo!”, rebatia ela...E assim seguiu-se. A manhã se passara rápido e sol já partia o céu a dois, estava a pino. A subida da montanha havia chegado ao fim e lá de cima a cidade de Violet já era visível, principalmente a Torre Brotinho.
                — É incrível! — Dizia Ethan impressionado.
                — Quando chegarmos poderei descansar um pouco...Ufa! — Reclamava Lyra enxugando o suor em sua testa.
                — Assim que eu chegar irei a Torre Brotinho!
                — Hã? Você não ia para o GYM?
                — Não Lyra — Respondeu o garoto seriamente — Pra falar a verdade, eu acho que não estou preparado para uma batalha de GYM. EU tenho que treinar um pouco mais e sei que na torre brotinho encontrarei os monges que guardam o lugar! Eu li na internet que eles zelam o lugar até a morte e batalham com treinadores usando os Bellsprouts da rota 31! E mais, para se livrar dos rattattas que comem as berryes eles os capturam e também os usam em combate!
                Lyra ficou boquiaberta com tudo que Ethan tinha falado, ela não esperava tanto conhecimento sobre um local histórico de um garoto que sempre tirou as menores notas na escola.
                — Você sabe muita coisa né?
                — Sempre me dediquei muito ao mundo pokémon, e estudei bastante para aprender tudo isso!
                — Nossa! — Dizia Lyra em seus devaneios — Ele até parece outra pessoa, ele disse que estudou, parece mais maduro...
                — Mas sabe de uma coisa? — Disse ele coçando a cabeça — Demorei um mês inteiro para decorar tudo isso e ainda tive que fazer uma “musiquinha” para nunca esquecer! HEHE!
                Lyra apertou o punho e os dentes, ela estava literalmente em chamas e seu olhos e boca estavam prestes a soltar fogo.
                — SEU IDIOTA! — Gritou ela com dentes afiados.
                — Pensei que tinha achado legal... — respondeu ele aéreo.
                — ARRRGHRRRRRR! Vê se assim você chega mais rápido!
                Lyra empurrou Ethan ladeira abaixo que descia como uma bola de neve enquanto gemia e gritava. Lyra bateu as mãos como dever cumprido e suspirou... Aquele ato parecia ter acalmado ela.
                — UFA...Garoto idiota.
                Alguns minutos depois Lyra já estava lá em baixo, no fim da rota 31. Ethan estava lá, dormindo ou desmaiado era difícil de desvendar.
                — Você quebrou minhas duas pernas e meus dois membros inferiores! — Gemeu ele.
                — São a mesma coisas seu burro! — Gritou Ela.
                — Ahh é? Gemeu ele, então você quebrou meus dois braços e meus dois membros superiores! — Murmurou ele se levantando devagar.
                — ARGGGGHRRR!!! Você é o cúmulo da burrice! Te espero no Centro Pokémon! — Disse ela batendo contra a cabeça do amigo que voltou a desmaiar...
                Agora Lyra caminhava sozinha pela cidade que não era tão pequena como Cherrygrove, haviam muitas casas e alguns prédios distantes uns dos outros. A cidade era rodeada por algumas árvores e o barulho de pokémons podia se ouvido muito distante. Lyra andava calmamente a andar pela cidade, até ela encontrar alguém...
                Era Silver, Lyra o reconheceu somente pelo cabelo e pelas vestes já que o garoto estava de costas, observando uma placa que estampava o mapa da cidade. Lyra suspirou e correu até o garoto, ela hesitou antes de agir, mas respirou fundo e continuou cutucando os ombros do garoto. O ruivo se virou bruscamente fazendo com que os olhares de ambos se chocassem. O olhar frio e misterioso do garoto... E o olhar brilhante e curioso da jovem treinadora.
                — Meu Nome é Lyra, acho que já nos vimos antes! — Disse Lyra ofegante tentando desviar dos olhares marcantes do garoto.
                — Sinto muito — falou Silver virando e seguindo em frente — Não perguntei seu nome, e não. Não nos vimos antes!
                Lyra arregalou os olhos ao avistar o garoto dar as costas a ela. Ela reprimiu o olhar e fitou para o nada. Foi uma atitude inesperada, ela voltou a observar o garoto e por fim teve coragem de gritar:
                — Seu mal educado!
                O garoto parou. Lyra mais uma vez ficou surpresa, o garoto virou-se e se dirigiu até Lyra, a treinadora estava assustada e não esperava o que iria acontecer. O garoto agarrou os delicados braços de Lyra com rusticidade, e aproximou seus olhos dos da garota. Os orbes castanhos de Lyra estavam extremamente abertos e surpresos, os de Silver, estavam entreaberto com uma feição de ódio e fúria.
                — Fique longe de mim! — Rosnou ele — Quero que você e seu amigo fiquem longe de mim! Entendeu? — Lyra estava imóvel e assustada, o garoto chacoalhou a garota com força e tornou a perguntar — Você me entendeu?
                — E-eu...En-ten-di... — Gaguejou ela fazendo com que o garoto a soltasse e fosse embora.
                Silver desapareceu rapidamente na multidão, deixando a garota ainda imóvel no meio da cidade. Lyra estava pasma a observar o nada, era impossível desvendar o que ela pensava, mas podia-se comparar com algo complicado como uma equação.
                — Lyra! — Gritou Ethan se aproximando.
                Mas a garota pareceu não se importar, continuou parada ao observar o chão, se é que ela estava observando algo.
                — Lyra! Está me ouvindo?! — Gritou Ethan com mais força.
                Dessa vez Lyra respondeu, balançou a cabeça levemente como se quisesse se livrar de um pesadelo.
                — Tudo bem? — Perguntou o garoto, parecendo estar recuperado de seus machucados.
                — Claro, só estou meio perdida, vamos até o centro...
                Os jovens treinadores então partiram rumo ao centro pokémon passando pelas avenidas da cidade, de qualquer lugar podia se ver a Torre Brotinho, e Ethan não parava de olha-la.
                — Qualquer treinador estaria empolgado, louco para achar o GYM, mas parece que você tá tranquilo... — Comentou Lyra voltando ao normal.
                — Ficarei empolgado e louco assim que estiver forte o suficiente para desafiar o líder! — Respondeu o garoto com um sorriso confiante.
                Logo eles chegaram ao centro pokémon, era como qualquer outro, principalmente pelo sofá vermelho de camurça. Logo foram atendidos pela Enfermeira Joy, e Ethan mostrou seu ovo para ser examinado.
                — Vou levar esse ovo para a sala de exames, vai demorar alguns minutos  tudo bem? — Falou a simpática enfermeira de cabelos rosados.
                — Lyra pode ficar aqui esperando? — Perguntou Ethan.
                — Claro, mas vai pra algum lugar?
                — Vou conhecer a Torre Brotinho e começar meu treinamento, pode me encontrar lá?
                — Tudo bem, mas não me espere muito, vou dar uma passada na Escola pokémon para pesquisar sobre o Celebi.
                — Celebi? Tudo bem...Até mais então!
                Ethan e Lyra então se separaram, o garoto corria alegremente rumo à torre, atravessou uma pequena ponte de águas cristalinas e extremante azuis e logo chegou ao lendário lugar.
                Era uma enorme e antiga construção toda em madeira, era bem trabalhada e mesmo sendo bem velha ainda tinha o aroma de madeira recém cortada. Ethan nem percebera mas enquanto ele contemplava a beleza d lugar, ao seu lado uma garota, com provavelmente a mesma idade de Ethan fazia alguns rabiscos num caderno vermelho.
                Ela tinha a mesma altura de Ethan e tinha um cabelo brilhante e cheiroso a altura dos ombros, com um franja frontal marcante. Tinha olhos verdes como esmeralda e um sorriso natural nos lábios bem desenhados. Vestia um uniforme colegial com detalhes róseos e uma presilha sutil no cabelo.
                — Uau... — Falava Ethan ao observar a magnitude da torre.
                — Ela é realmente incrível... — Falou a garota sem tirar os olhos do caderno.
                Ethan se virou e prestou atenção na garota, ele ficou curioso e esticou-se para poder observar o que a garota fazia. Ela desenhava a torre com imensa precisão, era muito bonito e o garoto impressionou-se, mas não por muito tempo, a garota fechou o caderno bruscamente e riu para o garoto.
                — Não pode ver! — Disse ela, rindo.
                — Ahh, sinto muito! — Respondeu o garoto um pouco sem graça.
                — Tudo bem — Disse ela com um sorriso ainda maior.
                Ambos ficaram ali se olhando. Um ar de simpatia e alegria os rodeou, e Ethan estava realmente curioso para ver o que tipo de desenhos havia naquele caderno. O jovem treinador já ia se apresentar, e a garota também, mas uma senhora os interrompeu.
                Era uma mulher comum, magra e alta e para ser sincero era bem parecida com a garota que ali jazia, exceto pelos cabelos alongados e o vestido simples e verde.
                — Querida tem que me ajudar, parece que seus irmãos fugiram da escola! — Gritava a mulher se apoiando nos joelhos, ela parecia bem cansada — Já procurei em toda a cidade, mas não encontrei nada!
                — Tudo bem mamãe, vou ajudar a procura-los! — Respondeu a garota, agora preocupada — Até mais, agente se vê por aí — Disse ela se despedindo de Ethan antes de partir.
                Ethan ia falar algo, mas já era tarde a garota já havia partido junto da mãe. Ethan torceu os lábios, mas logo se conformou. Logo ele atravessou as enormes portas de madeira da torre.
                Era enorme... Vários pilares e blocos de madeira sustentavam a enorme estrutura, os primeiros passos de Ethan fizeram com que as placas de madeira que formavam o piso rangessem e se movessem, o garoto foi simpaticamente recebido por um senhor careca, com vestimenta de monge e com olhos curtos e estreitos.
                — Entre jovem treinador, vou te mos-- — O senhor falava vagarosamente quando foi interrompido por Ethan.
                — Senhor eu não quero que me mostre nada! — Gritou o jovem treinador — Só que me leve até o monge mestre! Quero treinar com ele!
                — Ohh... — O monge surpreendeu-se e começou a pensar enquanto coçava a cabeça lisa— Tudo bem...Então me siga.
                O garoto confirmou com a cabeça e começou a seguir o monge que seguia devagar rumo às primeiras escadas. No local havia dezenas de monges, uns varriam, outros esfregavam o chão e por incrível que pareça uns batalhavam entre si. Ao passar pela pequena escada, Ethan não deixou de observar curioso o mastro central que se movia constantemente de um lado para o outro.
                — Conhece a história não é? — Perguntou o Monge.
                — Sim, papai me contava algumas histórias quando eu era menor — Disse Ethan, agora olhando para o nada, perdido em suas memórias — O mastro central se move como um Bellsprout, que é um pokémon broto...Por isso o nome.
                — Exatamente. A torre representa o inicio da jornada dos treinadores, que são como brotos. Se receberem o tratamento necessário crescem e florescem fortes.
                Eles subiam as centenas de degraus que rodeavam o mastro móvel, conversaram um pouco mais sobre Bellsprouts e outros pokémons. Passaram por mais dezenas de monges que mais se pareciam irmãos gêmeos, e eram. Não gêmeos, mas irmãos muito parecidos. Depois de alguns minutos estavam no último andar da torre.
                O local era extremamente limpo, e havia algumas esculturas em madeira de Bellsprouts. As janelas abertas iluminavam o lugar e permitiam que uma brisa forte atravessasse o salão. No centro da sala, perto do mastro estava mais um monge, esse tinha uma diferença. Carregava no pescoço um enorme colar de contas, algumas menores e peroladas, e outras maiores e escuras.
                — Aquele é o mestre Elijah, ele é o Monge Mestre — Falou o que acompanhava Ethan — Espero que eu tenha ajudado, agora me retiro.
                O monge se foi deixando Ethan sozinho na frente do mestre, que estava sentado em posição de meditação. Parecia bem concentrado. A sala estava totalmente em silêncio, exceto pelo assobio do vento que sobrava pela janela. Ethan estava prestes a se pronunciar, mas o monge foi mais rápido.
                — Então veio em busca de treino? — Disse ele com uma voz calma e sutil.
                Além do colar, o monge parecia mais velho, tinha o rosto bem marcado, mas não aparentava fraqueza ou cansaço, pelo contrario, tinha enormes músculos. Ele se levantou e se aproximou de Ethan.
                — Bem, é isso mesmo, mas como sabia? — Perguntou Ethan.
                — Alguns dizem que posso ler mentes, mas pra falar a verdade acho que leio o coração. Eu vou ajuda-lo garoto.
                — É sério? Só isso e pronto? — Falou Ethan desconfiado.
                — Sim, mas antes quero que descanse, sua aura está carregada, iremos nos encontrar amanhã no topo da montanha que divide a rota 31 da cidade.
                — Não pode ser hoje? — Ethan estava ansioso.
                — Como eu  disse...Amanhã. Bem cedo, antes do sol surgir.
                Ethan fez bico, mas se inclinou em agradecimento e partiu. Agora ele andava pela cidade, iria direto para o centro pokémon. “Talvez Lyra ainda esteja lá”, pensou ele. No caminho ondulado da cidade, o garoto encontrou algo que chamou sua atenção. O caderno vermelho que ela vira nos braços da garota de antes estava no chão. O treinador correu para pegá-lo e observava atentamente com um olhar direto e brilhante...
                Enquanto isso... Debaixo da ponte que dava caminho a Torre Brotinho estava Silver. O garoto repousava enquanto seu Totodile se banhava com a água do lago. O garoto estava sério e pensativo, desviando o olhar de um lado para outro.
                — Droga...Quando eles vão sair da cidade? — Murmurou ele.
                Na Torre Brotinho, o Monge Mestre continuava a meditar, mas algo tirou sua concentração e fez com que ele lançasse seu olhar para o céu azul que se mostrava na janela.
                — Será que a profecia é verdadeira? O “Coração de Ouro” realmente existe...?

CONTINUA...