Capítulo 002 - Batalha no Futuro!!!



O clarão continuava, e o suspense feria os corações ansiosos e agitados dos jovens Ethan e Lyra. O professor Oak ria. Ele mais do que ninguém já vira centenas de treinadores iniciarem suas jornadas. Juntamente com Elm contemplava aquele momento com orgulho, “Esse garotos tem futuro” — Pensavam os dois sibilando risadinhas.

Aos poucos o clarão se desfazia, os dois pokémons já estavam ali. Já era possível observar suas silhuetas escuras. “Nunca um pokémon demorou tanto para sair da pokébola!” — Falava Ethan nervoso.

O garoto estava trêmulo, seus olhos cresciam abruptamente observando aquele contorno a sua frente, por um momento ele fitou Lyra. A garota continuava vidrada no outro Pokémon, a frente dela. Ethan tinha certeza que seus sentimentos eram os mesmos aquela hora, e um laço ainda mais forte começou a se formar.

O mistério revelou-se. Os pokémons agora estavam nítidos a frente dos jovens treinadores. Os olhos se estreitaram para dar espaço a um sorriso brilhante. Satisfação, alegria, euforia...Tudo se passava por aquelas mentes jovens.

Ethan observava contente seu novo parceiro. Era um ser pequeno, tinha pelagem baixa, meio áspera, azul escuro que se estendia por todo seu dorso. Tinha olhos estreitos e tímidos e um focinho alongado. Nas suas costas haviam quatro orifícios, que cintilavam um vermelho âmbar, se prestasse bastante atenção era possível ver pequenos traços de fumaça emanando de lá. O Pokémon observou o lugar, farejou. Correu até os pés de Ethan que o recebeu agachando-se. O Pokémon observou o jovem curioso.

— Demais! Um Cyndaquil! — Disse Ethan afagando a cabeça do Pokémon. O Pokémon pareceu bastante tímido ao correr para debaixo de uma mesa. — Ahn? O que houve?

Enquanto Ethan coçava a cabeça, confuso pela reação do Cyndaqui, Lyra contemplava aquele Pokémon a sua frente. Era verde, tinha um corpo à meia temperatura. Tinha olhos grandes e expressivos de um vermelho emotivo. No pescoço, sutilmente alongado haviam algumas sementes, protuberantes que se assemelhavam a um colar. Tinha pequenas unhas polidas, era quadrúpede e demonstrava elegância e simpatia, mas o que mais chamava atenção era a grande folha que saia do topo de sua cabeça, verde e viva. Além de parecer servir de adorno, também servia para sua defesa.

— Cute! Cute Cute! — Gritava a garota agarrando o Pokémon. A garota rodopiava com a plantinha no colo, alegre, cantarolava uma canção estranha. Lyra venerava os pokémons que ela classificava como “Cute”, e pra ela nada melhor que uma Chikorita. O Pokémon parecia alegre ao grunhir junto das risadas de satisfação da garota.

Os professores observavam tudo. Eles não queriam interferir, naquele momento, pra eles, seria melhor que Ethan e Lyra descobrissem e ganhassem a confiança de seus pokémons. Lyra parecia ter conseguido, porém o jovem Ethan fitava confuso o Pokémon debaixo da mesa. O Pokémon parecia ter medo, receio e cada vez mais tentava se esconder.

— Por que ele está assim? — Perguntou Ethan confuso ao professor Elm.

— Calma Ethan — Falou Elm se aproximando do garoto e depositando a mãe nos ombros do jovem treinador — Pokémons podem ser bem complicados sabia? Cada Pokémon, assim como um ser humano pode ter uma natureza diferente.

— Natureza? — Ethan sabia muito sobre pokémons, mas aquele assunto era novo pra ele — Não entendo...

— Olhe a Lyra e sua Chikorita — Disse o professor apontando para direção de ambas. Elas estavam juntas e contentes, uma afagava a outra — A natureza dela é totalmente diferente da do Cyndaquil. Provavelmente sua natureza é dócil, e a de seu Cyndaquil deve ser Tímido.

— Isso mesmo — Concordou o experiente Oak —As naturezas implicam no modo de se comportar do Pokémon e alteram seus stats de combate. Cabe a você conseguir a confiança dele e criar um laço de amizade e afeto.

— Hum... — Ethan fez bico, e continuou a observar o Pokémon que também o observava cauteloso.

— Chikorita vamos brincar lá fora! — Gritou Lyra correndo porta a fora seguida pela plantinha simpática — Ethan sentiu um pouco de inveja, e bufou decepcionado.

— Ethan, eu e o professor vamos visitar um amigo aqui perto — Disse o professor Elm — Depois voltamos para ver como você está indo com o Cyndaquil. Pessoal cuidem de tudo!

— Ok professor! — Disseram seus assistentes.

— Tudo bem professor, vou ficar bem — Disse Ethan tristonho.

— Calma garoto, dê um tempo a ele, sei que serão bons amigos... — Disse Oak antes de passar pela porta de vidro.

Ethan deu um breve sorriso e voltou olhar para o Cyndaquil que agora estava encolhido, embrulhado em seu próprio corpo. Ethan aproveitou o momento, ele se levantou rapidamente, pegou a pokébola em cima da mesa e mirou no Pokémon de fogo.

— Retorne! — Disse ele.

O Cyndaquil reagiu, mas o laser vermelho foi mais rápido, atingindo o Pokémon, que transformou-se num flash rubro e adentrou na pokébola. Ethan apertou a esfera com força, olhando sem piscar para ela.

— Nós seremos amigos! Eu prometo! — Disse ele para si próprio correndo rumo a porta.

Enquanto isso, a mãe de Ethan permanecia na janela, olhando as nuvens densas que se formavam naquele dia, era estranho. O dia que outrora estava limpo e sem nenhuma nuvem, agora estava escuro e cinzento. Os pássaros se moviam rapidamente, e Sentrets e Rattatas corriam para suas tocas. Relâmpagos cintilavam ao longe, e um vento sombrio corria por aquela pequena cidade.

— Ai meu Deus! — Gritou a mulher depois se assustar com o estrondo de um trovão. — Ethan! Ohh meu Ethan...

A mãe estava preocupada, ela rapidamente se desfez do avental que rodeava sua cintura, subiu as escadas num vulto para obter o guarda-chuva. Ela suspirou fundo e saiu de casa.

Ethan correu pelas portas de vidro do laboratório, e passou num vulto por Lyra. A garota corria ao lado do Pokémon que recebera alegre como nunca. Mas ela cessou a brincadeira ao perceber a ação estranha do garoto que correra rapidamente rumo a Rota 29.

— Ethan! — Gritou a garota sem resposta, ela gritou novamente mas o garoto não deu atenção.

O tempo se fechava ainda mais, as nuvens estavam cada vez mais escuras e densas, e os pingos de chuva caíam lentamente sobre a grama baixa de New Bark.

— Lyra! — Gritou Alice, a mãe de Ethan — Ohh querida! Onde está meu Ethan!? — A mulher estava preocupada, olhos alarmados e umedecidos, ela choraria a qualquer instante.

Os trovões começaram a descer, riscos luminosos no céu assustavam todos os moradores da pequena cidade. Os moradores ausentaram-se das ruas e esconderam-se em suas casas.

— Lyra! Alice! — Gritava Ellm — Ele se aproximou correndo junto do professor, ofegante e preocupado — Vamos entrar, a tempestade vai ser feia!

— Ethan saiu correndo! Não podemos deixá-lo aqui fora! — Gritou Lyra.

— Ohh meu Deus! Onde está meu Ethan? — Há essa hora a mãe já chorava. O professor tentou consolá-la levando-a para o laboratório, todos se dirigiram para lá, mas Lyra parou.

— Querida vamos! — Disse Elm chamando a garota.

— Não! — Ela disse balançando a cabeça — Não posso deixar Ethan sozinho nessa tempestade!

Chikô-Chikôôô!!! —Grunhiu a plantinha concordando com a treinadora.

A garota então virou as costas e correu seguida por Chikorita. “Lyra! Não vá!” — Gritava o professor, mas era inútil.

Os pingos de chuva se tornaram mais rápidos, freqüentes e fortes. Agora quando se chocavam o chão ecoavam um chiado medonho que se tornava ainda mais assustador quando junto de trovões.

Ethan agora se abrigava debaixo de uma árvore, uma árvore com uma copa larga e folhas juntas, o que não deixava a água passar.

— Droga! — Praguejava Ele — Eu só queria te trazer para treinarmos um pouco...

O garoto polia a bola com a camisa, ela tinha um brilho lindo, ora prateado, ora vermelho. Estava tão limpa que Ethan podia ver a si mesmo num reflexo onde o garoto se encontrava triste e decepcionado. Ele observava cada trecho de sua face, por um momento lembrou-se de Lyra e Chikorita, o que ele mais queria era que seu Cyndaquil tivesse saído da pokébola e ambos tivessem se tornado amigos. Mas nem sempre tudo é como queremos...O Futuro é algo desconhecido e abstrato. Não para um certo Pokémon...

Era impossível de acreditar. Ethan limpou os orbes azuis, mas aquela imagem ainda continuava lá. Agora no reflexo na pokébola não estava só a face de Ethan, mas o reflexo de um Pokémon flutuante. Era pequeno, delicado. Suas pequenas asas batiam num ritmo acelerado, suas pernas e braços sutis tinham movimentos dançantes. Olhos expressivos, grandes e azuis. Sim meus amigos...Era Celebi.

Ethan levantou num pulo, deixou a paisagem espelhada e contemplou aquele mítico Pokémon a sua frente. Poucos tiveram a sorte de se encontrar com o Pokémon dos Tempos. O pequeno Pokémon-fada se aproximou do garoto, seus grandes olhos estavam refletidos no de Ethan que estava atento observando aquilo. “Isso é um sonho?” — perguntava-se ele.

Celeeeebiiii! A voz daquele ser era aguda e melódica, como a música vinda de uma harpa ou outro instrumento de som semelhante.

— Ethan! — Gritou Lyra ao avistar o amigo. A garota já estava toda molhada, seu chapéu estava baixo e sujo de lama, e suas roupas já nem tinham beleza.

Celebi se escondeu, desapareceu ao perceber a presença de alguém. Ethan continuava imóvel. Lyra se aproximou do garoto, e percebeu estranheza em sua face. Chikorita olhava atenta para o ar, ele percebera a presença do lendário.

— O que aconteceu? — Perguntava Lyra.

Naquele instante o Pokémon lendário voltou a parecer, dessa vez perto de Lyra que também estava abismada ao ver aquilo. Ela ficou paralisada, e Chikorita boquiaberta coma beleza de tal Pokémon.

— Cuuuuuu-te! — Disse ela lentamente enquanto observava o Pokémon flutuar.

O Pokémon flutuou ao redor dos garotos que tentavam acompanhar o movimento rápido do Pokémon que deixava traços luminosos no ar. Era mágico, indescritível. A luz verde começou a rodear os garotos, perdidos em devaneios. O tempo parecia ter perdido o controle, era como se Ethan e Lyra se sentissem leves, as suas vistas tremeram e tudo se apagou, flashs mostravam o que estava acontecendo. Ethan percebeu o Cyndaquil escapar da pokébola e o garoto segurou-o com força, o Pokémon de fogo resistia, mas Ethan não o soltava. Lyra também estava abraçada a sua plantinha. Estava tudo estranho, um flash verde foi a última coisa que aqueles jovens viram naquele instante.

Ethan acordou. Não por que ele estivesse recuperado, e sim pero barulho ao seu redor. O garoto não ousou abrir os olhos, mas podia sentir os flashes ofuscantes, alternados entre rugidos de pokémons desconhecidos. O garoto apertou o colo, e para seu alivio o seu Pokémon estava ali.

Cele-byye! — Grunhia o pequeno guardião, ele tentava abrir os olhos do garoto. Mas Ethan tinha um mau pressentimento.

Lyra se levantou, ela sim observava tudo, cautelosa, pasma. Seus grandes orbes castanhos estavam ainda maiores, tremiam ao observar a paisagem dantesca. Chikorita estava em seu colo, a plantinha tinha o mesmo semblante alarmado da garota. Era tudo tão estranho...

Ethan conteve-se o quanto pode, e num movimento rápido e brusco arregalou os olhos. O seu coração batia acelerado, sua respiração ofegante...Os olhos refletiam medo e tristeza.

Alí era Ecruteak, Ethan e Lyra não tinham idéia de como foram parar lá, mas não estava como nos noticiários ou revistas sobre a liga. As nuvens eram densas e negras, os trovões rugiam, pareciam dragões a cortar o céu. A cidade estava em chamas, o som da crepitação abafava os gritos desesperados das pessoas que ali moravam. Pokémons fugiam, corriam e voavam, escondiam-se em pequenas valas, mas era inútil. Explosões constantes e rugidos assustadores tomavam conta dos céus. Os titãs se enfrentavam mais uma vez...

— É como no meu sonho... — Pensava Ethan.

Mas não era só Ho-oh e Lugia que gladiavam sem piedade. Na Terra, dois dos cães lendários rugiam fortemente enquanto disparavam chamas e trovões. Em contrapartida nos céus, as aves do Arquipélago Laranja mostravam seus brilho e realeza enquanto disputavam forças contra Raikow e Entei.

— O que está acontecendo?! — Perguntou-se Lyra — Onde estamos?!

O cyndaquil ainda dormia, e quando acordou...Puft! O pequeno Pokémon de fogo escapuliu dos braços de Ethan e correu assustado.

Os jovens estavam numa colina, e cyndaquil correu rumo a cidade, o coliseu onde o ápice da batalha acontecia. Ethan sem demoras correu para tentar pegar o amigo, mas era inútil o Pokémon era mais rápido. Sacou a pokébola para tentar retorná-lo, mas o Pokémon já ia longe demais.

Na cidade, Articuno perseguia o leão de Johto com rapidez. Entei deslizava sobre o chão esquivando de todos os raios congelantes que iam a sua direção. Mas o pássaro do gelo foi mais rápido e com um movimento surpresa fez do cão lendário uma estirpe de gelo. Ethan estava por perto, sem se importar com o perigo, corria atrás do ratinho de fogo que escapava com agilidade.

— Ethan! — Lyra gritava desesperada, mas o medo não deixou que ela acompanhasse o desafio do amigo. Lágrimas tomaram o rosto da garota.

— Cyndaquil! Volta!

Era inútil, por mais que o garoto gritasse o Pokémon corria ainda mais. Ethan não parou continuou a correr, embora seu fôlego estivesse quase ausente de seus pulmões. É difícil de se descrever, mas Ethan parou. Algo o empurrou rumo ao chão, e graças a isso ele continuou vivo. Lugia passara sobre sua cabeça deitada, se o garoto não estivesse no chão a trombada com o titã teria custado sua vida.

Ele se levantou rapidamente, e ao seu lado estava um garoto ruivo, da sua altura e provavelmente de sua idade. O garoto tinha traços fortes, misteriosos e desconfiados. Seus cabelos vermelhos se estendiam até debaixo do pescoço, lisos e brilhantes. Sua face era extremamente alva e emanava um ar frio e sombrio. Vestia uma calça jeans, com costuras nos joelhos e uma jaqueta azul escuro com detalhes rubros. Ambos se encararam, olhos curvados e chateados.

— Idiota! — exclamou Ethan.

— Humph! — o garoto bufou enquanto arrumava o cabelo — Um “obrigado” seria mais educado.

— Não tenho tempo para discutir com você!

Ethan abandonou o garoto e continuou a correr, o que ele mais queria era encontrar seu parceiro, Cyndaquil. O garoto o observava, e desferiu um sorriso malicioso de canto.

— Você me deve uma... — Ele disse com uma voz baixa e agourenta.

Cyndaquil havia se escondido embaixo de alguns escombros. Ethan diminuiu a intensidade da corrida e caminhava devagar até o amigo que o esperava receoso.

— Venha!

Ethan gritava estendendo a mão embaixo das construções, o Pokémon continuava oprimido, olhando indiretamente para o treinador, que tinha olhos umedecidos, chorosos.

— Por favor...Só quero te proteger...Ser seu amigo... — Falou o garoto, agora desferindo algumas lágrimas.

Um estrondo se ouviu, O pilar de gelo em que Entei estava depositado havia se rachado, e as lâminas de gelo geradas em consequência se espalhavam pelo lugar. Ethan num movimento célere agarrou o Cyndaquil e se pôs de costas para de onde as placas vinham. Algumas lâminas atingiam suas costas e o feriam, mas ele estava feliz em poder proteger o amigo.

Diante daquele ato, Cyndaquil finalmente enxergou a verdadeira intenção do treinador. O Pokémon se aconchegou no colo do treinador machucado e grunhiu, afagando o seu focinho longo no rosto do treinador. Ethan mesmo entre suas lágrimas frias riu e abraçou ainda mais forte o seu parceiro.

O garoto agora estava machucado, suas costas titilavam numa dor aguda e gelada. Ele não podia mais correr. A batalha não cessava. Os pokémons lendários se confrontavam sem se importar com nada, Ethan não entedia nada.

Foi muito rápido, nem mesmo Ethan percebera o movimento, mas num piscar de olhos ele cavalgava nas costas de um Pokémon. Ele tinha pelos azuis e úmidos, e uma juba que cintilava como nuvens entre estrelas. Era o cão lendário Suicune. O lendário corria entre as ruas destruídas com Ethan em suas costas e logo estavam na colina junto de Lyra e Celeby, que ficaram muito contentes. O garoto de antes também estava ali, de braços cruzados e olhando para o nada. Celeby pareceu conferir a todos, e começou a cintilar. O flash verde mais uma vez se formou.

Tudo foi muito intenso. O caos havia desaparecido e uma luz ofuscante tinha tomado toda a paisagem. Luz e mais luz, a única coisa que Ethan podia ver era Lyra, Celeby, Suicune e o garoto misterioso de cabelos vermelhos. Ele piscou os olhos, e não abriu mais.

Ethan já não estava mais na cidade em destruição, e nem naquele local luminoso. Ele estava deitado, confortável. Sentiu dedos macios afagando seu cabelo bagunçado. O garoto abriu os olhos vagarosamente e fitou o local onde jazia. Avistou seus pôsteres, sua escrivaninha. Era seu quarto. Sua mãe afagava o garoto, com uma face preocupada, fechada. Ethan se levantou devagar, bocejou e gemeu em seguida, uma dor aguda e constante o incomodava bastante.

— Tudo bem querido? — perguntou a mãe, agora passando a mão sobre o pescoço do garoto — Pelo menos a febre passou... — Ela disse abrindo um breve sorriso.

Ethan passou a mão sobre a cabeça, cerrou os olhos. Naquele instante avistou cenas em vulto na sua cabeça, desde os lendários duelando, o garoto misterioso e a cavalgada junto de Suicune.

— Estou bem, só dor de cabeça — falou Ethan, tentando demonstrar a mãe que estava tudo bem.

— Vou buscar um remédio. Não saia daí! — Falou sua mãe, dando advertência.

Ethan estava confuso, fez-se centenas de perguntas. Entre elas, “O que aconteceu?”, “Como cheguei até aqui?”... O garoto se levantou rápido, estava vestido no pijama amarelo do dia anterior. Se colocou em frente ao espelho, tirando a camisa de algodão, fitou as costas e avistou as feridas. Passaram por suas memórias lembranças, como as do momento em que ele salvou Cyndaquil das farpas de gelo. Preocupado com o amigo, Ethan procurou pela pokébola do pokémon de fogo, e a achou perto das suas roupas. Depois de liberar o amigo, deu um caloroso abraço, que foi correspondido por grunhidos amigáveis. “Que bom que está bem!”, disse Ethan ainda abraçado do pokémon.

Em seguida, o jovem de cabelos azulados fitou seu poké-gear, tocando alguns botões até que a foto de Lyra surgisse. Ele deu mais alguns cliques e logo bipes eram ouvidos, o garoto ligava para a amiga para tentar esclarecer algumas dúvidas.

— Alô? Ethan? — Disse ela ao atender.

— Sim, oi Lyra. Está tudo bem? — Perguntou preocupado.

— Acho que sim — Disse ela com voz confusa —, pra falar a verdade estou estranha, sinto como se tivesse viajado por horas! Não! Dias!

— Lembra-se do que aconteceu?

— E como eu poderia esquecer?

— Não foi um sonho... — falou Ethan pasmo.

— Eu sei — Disse Lyra seca — Você está bem?

— Sim, só alguns machucados, mas não estão doendo muito. Como chegamos em casa?

— Não sei. Celeby ou Suicune talvez...Minha mãe veio com uma conversa sobre eu chegar meio tonta.

— Sabe o que aconteceu naquele lugar? — perguntou o garoto curioso.

— Era Ecruteak. Não faço idéia do que era aquilo, já dei uma olhada na TV e está tudo normal lá.

— Viagem no tempo... — Disse Ethan agourento.

— Isso é loucura! — Retrucou Lyra abismada.

— Pense! Celeby tem essa habilidade! Ele começou a brilhar e tudo aconteceu! — rebateu o garoto alterado.

— Hum...Tem razão. Acha que voltamos no tempo? — Indagou Lyra.

— Não. No futuro... — Disse Ethan sério.

O garoto tinha olhos vivos e curiosos, fitava o nada enquanto falava com Lyra e mergulhava em devaneios. O que havia acontecido era um mistério, que Ethan estava disposto a revelar...

CONTINUA...

9 comentários:

Henrye disse...

MELHOR FAN FIC POKEMON QUE JA VI! só falta ter imagens néa ?! >.< forte abraçuw

ShadZ disse...

Esse capítulo com certeza renderá certas perguntas. E se uma não sai da minha cabeça é: Que mistérios se ocultam em torno de Ecruteak?
Se eu posso fazer outra então será: Qual o motivo da batalha incessante entre Ho-oh e Lugia?
Mais algumas? Que tal...
> Estariam os pássaros lendários lutando ao lado de Lugia e os cães ao lado de Ho-oh?
> O que será que o Celebi viu em Ethan e Lyra que possa evitar esse caos?
Bem, a única coisa que sei é que essas perguntas servem para mostrar o quanto a sua fic atrai os leitores. Nós, a cada capítulo, ficamos cada vez mais intrigados com os mistérios e ficamos ansiosos por mais.
Parabéns pela sua fic. Não são todas que despertam o meu interesse como fez a sua.

Henrye disse...

ACHO QUE SEI RESPONDER A 3ª pergunta ! ninguem luta do lado de ninguem ! em tudo que é pokemon ! eles lutam cada um por si ! ninguem nunca sabe o porque ! mais é cada um si !se fosse assim n teria graça @.@ e a luta foi no passado ! tem que pensar no futuro da fan fic !

Caique disse...

Tá certo mais ... Eles não ganham pokeagenda ? Não ganham pokebolas ? Ou o ruivinho roubou tudo também e não sobrou nada ??

Henrye disse...

CADEEEEEEEE o 3 ?????????????????????

Anônimo disse...

Cara, realmente eu te dou os meus parabéns pelo seu trabalho, com ele percebi que realmente preciso melhorar em meu estilo de escrita, aliás, sou escritor também. Você realmente escreveu a melhor fanfic que eu já li!

Ao lê-la, pude perceber o quanto fui falho em apenas "descrever" e não escrever minha fanfic.

Se você quiser dar uma olhada em meu trabalho (não é querendo fazer propaganda, aliás, eu parei de escrever por um tempo xD)e conversar sobre tal assunto, ficaria bastante feliz.

Continue sempre assim que eu irei continuar comentando em todos os capítulos, sempre!

Link da minha fic: http://fanfic.pokemonburn.com

Frank disse...

muito bom o seu trabalho, entretanto eu aconselho não usar muito o verbo FITAR pq as pessoas abusam de toda hora ler essa palavra!pense nisso.

Juliano L. disse...

Manero...;Eu sempre suspeitei q o Celebi era mó sacana...

CanasOminous disse...

É meu rapaz, e agora precisamos ler atentamente toda esta história, porque esse "sonho" louco é de confundir qualquer um! x_x kkkk Os poderes ocultos do Celebi são fantásticos, a forma como você decidiu fazer os protagonistas viajarem do futuro/passado foi fascinante. Eu adorei o enredo pela forma como tudo está se formando, não existe aquela frenesi em fazer os jovens pegarem seus Pokémons e saírem em sua aventura que nem loucos, só de ver esses capítulos iniciais já é de se surpreender com a história central que tudo pode tomar. Excelentes descrições, grandes aparições dos lendários, e mistérios intrigantes a cada parágrafo. É meu caro, a fic está excelente! *-*

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